terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Apple e a Foxconn melhoraram as condições de trabalho e segurança nas fábricas chinesas que fabricam a maioria dos iPads and iPhones, mas os auditores contratados para monitorar o processo alertaram que as tarefas mais duras ainda estão por acontecer. O verdadeiro desafio é a redução do horário de trabalho em quase um terço para as centenas de milhares de pessoas que trabalham em fábricas da Foxconn em todo o sul da China para cumprir leis trabalhistas locais até 2013, afirmou a Fair Labor Association nesta terça-feira (21). Funcionários de uma fábrica da Foxconn (Foto: Bobby Yip/Reuters)Funcionários de uma fábrica da Foxconn (Foto: Bobby Yip/Reuters) O grupo --do qual a Apple é membro-- encontrou no início deste ano múltiplas violações do direitos trabalhistas, com o início de uma das maiores investigações já realizadas de operações de uma empresa americana fora dos EUA. A Apple concordou com a investigação para conter críticas de que seus produtos foram montados às custas da exploração de trabalhadores chineses. A empresa mais valiosa do mundo e a Foxconn --que tem também entre os clientes nomes como Dell, Sony e Hewlett-Packard-- concordou em cortar horas extras, elevar a segurança, contratar novos trabalhadores e até melhorar a qualidade dos dormitórios. Num relatório de acompanhamento do progresso dos compromissos, o FLA disse ter verificado que melhorias foram feitas e que a Apple estava tentando manter seu parceiro, a maior fabricante contratada do mundo. "Um dos desafios de engenharia é ser capaz de reduzir o ciclo de produção, de modo que eles podem fazer tudo em 49 horas em vez de 60 horas. E o outro desafio é a expectativa dos trabalhadores", disse Auret van Heerden, presidente e CEO da FLA, em entrevista

Os presidentes-executivos da Apple e da Samsung negociaram mas não chegaram a um acordo sobre a disputa por patentes, declarou na segunda-feira (20) à Justiça um advogado da companhia sul-coreana. A juíza Lucy Koh tinha pedido que os dois se falassem ao telefone pelo menos mais uma vez antes de o júri começar a deliberar nesta semana sobre o caso.

As duas companhias controlam mais da metade do mercado de smartphones do mundo. A Apple acusa a Samsung de copiar o design e alguns recursos do iPad e do iPhone e pede a suspensão das vendas, além de indenização. A companhia sul-coreana, que tenta se expandir nos Estados Unidos, alega que a Apple violou diversas patentes, inclusive de tecnologia wireless.

Executivos das duas companhias participaram da mediação com a juíza norte-americana antes do julgamento, mas Koh insistiu que eles tentassem mais uma vez um acordo. "Eu vejo riscos para os dois lados", declarou a juíza na semana passada. As partes devem fazer a defesa final na Justiça nesta terça-feira (21).

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