A Apple deverá lançar uma versão menor do iPad, atual líder de mercado,
e pode dominar seus rivais com o novo produto, dizem analistas do
setor. O “Wall Street Journal” revelou na última quarta-feira (4) que a
empresa prepara o lançamento desse novo tablet, com tela menor que a do
iPad.
“Os fornecedores asiáticos de componentes da Apple estão se adaptando
para produzir em massa, a partir de setembro, um tablet cuja tela será
menor que a do iPad", informou o jornal em seu site, citando altos
funcionários dos concorrentes. Segundo as fontes não identificadas, a
medida diagonal da tela do novo tablet terá menos de oito polegadas (em
torno de 20 cm), contra as atuais 9,7 polegadas (25 cm) do iPad.
O jornal acrescenta que o lançamento do novo produto deve permitir à
Apple manter sua posição de líder no mercado de tablets, agora disputado
pela coreana Samsung e as americanas Amazon, Microsoft e Google.
Jobs era contra
Especialistas dizem que a ideia deve fazer com que o fundador da Apple,
Steve Jobs, se revire no túmulo, pois ele era categoricamente contrário
a ela, mas ao mesmo tempo destacam que o mercado já mudou muito desde
sua morte, em outubro de 2011. Jobs chegou a dizer que os tablets com
telas de sete polegadas (17,8 cm) deveriam "incluir uma lixa, para que
os usuários pudessem lixar seus dedos e assim usar suas teclas".
Tablets de formato menor que o do iPad tradicional, que possui tela de
quase 10 polegadas (de 24,6 cm), como o Kindle Fire, da Amazon, o Nexus
7, do Google, e o Galaxy, da Samsung, obtiveram êxito em seu lançamento.
Os rumores sobre o lançamento do mini iPad têm circulado durante meses,
mas o “Wall Street Journal” informou nesta semana que os fabricantes de
componentes da Apple na China estão se preparando para a produção
massiva do dispositivo.
"Apesar do que Steve Jobs disse, o formato de sete polegadas é muito
popular e muito prático em termos de mobilidade", disse Jack Gold,
analista da J. Gold Associates. "Além do que, este formato é menos
custoso e a Apple poderá assim competir na linha mais econômica do
mercado de tablets", completou.
Tom Mainelli, de empresa de pesquisa IDC, disse que a Apple se deu
conta de que os grandes tablets não são universalmente populares e
afirmou que os usuários no Japão, "que têm uma cultura maior de
portabilidade", podem preferir um formato menor, que também pode ser
melhor para as escolas primárias. "Caso a Apple venda o novo dispositivo
a menos de US$ 300, como se espera, será uma grande dor de cabeça para
os modelos Android, do Google", afirmou.
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